CENTERMS

O que é? 

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Caso de negócio é um argumento para um projeto ou tarefa, geralmente apresentado na forma de documento. Em relação aos produtos do CENTERMS, pode ser um único artefato de conhecimento clínico, um modelo clínico detalhado, um recurso terminológico ou uma linguagem formal para expressar a lógica de suporte à decisão clínica. O produto final de um caso de negócio deve ser um artefato de conhecimento clínico capaz de ser implementado como uma solução de serviço tecnológico.

 

Conforme aprovado no documento de Planejamento Estratégico do CENTERMS, será utilizada a abordagem de desenvolvimento incremental de artefatos de conhecimento em saúde e de terminologia clínica com base em Casos de Negócio.

 

Um Caso de Negócio deve especificar, em formatos padronizados, informações referentes a aspectos como:

 

• Objetivos;

• Processos envolvidos;

• Informações coletadas e recuperadas na realização dos processos, incluindo as terminologias e classificação utilizadas;

• Regras de negócio;

• Condições.

 

Para cada Caso de Negócio a ser desenvolvido, é fundamental haver a produção de um conjunto de valores (value set) das terminologias cuja utilização é prevista, bem como conjuntos dos artefatos de conhecimento (modelos de informação) planejados, tais como arquétipos e templates. Ressalta-se que cada caso de negócio a ser submetido ao CENTERMS, terá suas especificidades.

 

O conjunto de artefatos de conhecimento produzido é então submetido a um processo colaborativo de homologação. Uma vez aprovado e publicado, torna-se um padrão para uso nos sistemas de informação em saúde.

 

São exemplos de “Casos de Negócio” já identificados:

 

• Resumos Clínicos: Resumo de Atendimento da Atenção Básica, Sumário de Alta e Sumário de Saúde;

• Comunicação de Reações Adversas;

• Medicamentos: prescrição eletrônica, conciliação prescrição-dispensação, Lista Atual de Medicamentos;

• Imunizações;

• Exames de Laboratório: solicitação eletrônica e resultados de exames.

 

Um “Caso de Negócio” pode conter:

 

• Modelos de Informação: modelos lógicos padronizados ou consensuais que definem a estrutura da informação em saúde. São entregues em representação conceitual (estrutura de conceitos e atributos), semântica (modelos OpenEHR – arquétipos e templates) e computacional.

 

• Recursos Terminológicos: coleções organizadas de classificações e codificações de termos em saúde, usadas para representar o domínio da informação (termos) e codificá-lo (códigos). Engloba classificações, terminologias, ontologias e vocabulários controlados, CID10, LOINC, SIGTAP, TUSS e, em especial, o SNOMED CT.

 

Os casos de Negócio possuem um escopo definido, detalhado a partir de um conjunto de artefatos, sendo eles:

 

   1. Infográfico

 

Cada Casos de Negócio definido contém um Infográficos para contextualizar, por meio de elementos gráficos, seu escopo, partes interessadas, fluxo da informação e vantagens. Eles servem como um resumo, simples e didático, do conteúdo dos Casos de Negócio.

 

   2. Modelos de informação

 

Modelos de informação definem as estruturas lógicas (independente do arranjo físico) e os dados do registro eletrônico.

Segundo a International Organization for Standardization (ISO), modelo de informação é a especificação estruturada dos requisitos de um domínio, expressa como gráficos e/ou narrativas, que descreve as classes de informação requeridas e suas propriedades incluindo atributos, relacionamentos e estados.

 

   3. Arquétipo

 

Arquétipos definem elementos de dados estruturados e reutilizáveis para que sejam usados em modelos de referência. Eles são definidos com base no elemento que representam, independentemente do contexto em que será utilizado. Entre suas características, destacam-se:

 

• Podem ser especializados para atender possíveis particularidades, empregando-se o conceito de herança;

• Possuem uma estrutura denominada 'slots', na qual diferentes arquétipos podem ser anexados. Isso viabiliza a criação de estruturas maiores agrupadas, além de permitir a decomposição e reutilização de arquétipos;

• Admitem a ligação de nomes e valores a conceitos de terminologias externas;

• São multilíngues e suportam todos os idiomas expressos em Unicode.

 

   4. Template

 

Templates são composições de arquétipos que refletem o modelo de informação associado a um determinado caso de negócio.  São utilizados para definir conteúdos específicos, tal como documentos, mensagens, formulários ou relatórios. Exemplos típicos de templates incluem “resumo de alta de cuidados agudos” e “relatório de radiologia”. Eles são construídos considerando os seguintes aspectos:

 

• Escolha de arquétipo de composição;

• Preenchimentos de slots (estruturas que referenciam outros arquétipos para originar estrutura geral); 

• Remoção de itens de dados arquetípicos desnecessários;

• Restrição de itens de dados remanescentes e ajuste da cardinalidade;

• Refinamento dos conjuntos de valores de terminologia;

• Definição de vínculos de terminologia.

 

Depois de definido o modelo de informação, o template é compilado para produzir um formulário composto de todos os arquétipos e modelos de referência compactados através do relacionamento entre eles. Isso é conhecido como um modelo operacional ('.opt'), geralmente expresso em XML.

 

   5. Conjunto de valores e mapas

 

Conjunto de valores são construídos em consonância com os domínios a que se referem. São compostos por termos de terminologias locais ou aquelas padronizadas para determinada área (p.e. CID-10 para diagnóstico, SIGTAP para procedimentos, entre outros).

Um conjunto de valores é um grupo de representações conceituais identificáveis, tipicamente utilizado para representar possíveis valores de dados codificados em um modelo de informação. Os membros de um conjunto de valores podem ser representados por códigos simples ou pós-coordenados.

Os mapas são artefatos elaborados para indicar a correspondência de termos da tabela fonte (local) à tabela alvo (padrão) com indicadores de equivalência de significado e cardinalidade. O objetivo principal dessas tabelas é a tradução de itens locais a padrões internacionais, como o SNOMED CT, para permitir a interoperabilidade semântica entre sistemas de saúde.

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Produtos publicados

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   1. Sumário de Alta de Internação

Resolução nº 33, de 22 de março de 2018.

Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/05/Resolu----o-CIT-n---33.pdf.

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   2. Registros de Atendimento Clínico

Resolução nº 33, de 22 de março de 2018.

Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/05/Resolu----o-CIT-n---33.pdf.

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